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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Encontro do Grupo Salvador-Quebec Janeiro 2011

Este foi no capricho! Celso de casa cheia, todomundolargadonochão, ninguém teve dificuldade de achar o prédio, afinal, Emília Seguuura que é uma beleza (essa eu sei que poucos vão entender)!!

Tivemos o prazer de passar horas falando com os nossos amigos distantes, primeiro, Lucas, que está lá no Maranhão, com uma cara de sono retada, no skype, enquanto a pobre na Naty rala pra comprar o leite das crianças em pleno domingo. Teve uma hora que eu levantei pra pedir as 10 (dez, X, dix, ten) pizzas tamanho família, e quando voltei já estavam conversando com outra pessoa de lá de Montreal, que nem tive o prazer de prestigiar.

Como no script, Gabi Viana estava lá, precisamente às 13:30 (horário de ladrão Brasília), e exatamente na hora em que o desejo dos famintos soou em forma de campainha. Não poderia ter sido melhor, pois se não fosse a pizza, o silêncio jamais voltaria àquela casa. Acabou a fome? Senta todo mundo que lá vem a história: Gabi no Skype direto de Montreal, e o povo do lado de cá, durante hooooooras na frente da TV tirando todas as duvidas do mundo! Ouvimos tudo sobre este 1 ano e meio de vida lá no Canadá, perguntamos de comida, de salão, de banco, de clima, de trânsito, de trabalho, de calça jeans, de creme de leite, de remédio, de adaptação, de transporte, do que você imaginar. Gabi, super solícita, falava com a maior calma e detalhes sobre tudo! Contou o processo de chegada dela todinho! Acho que ficamos umas 3 horas conversando com ela, ao lado da sua janelinha por onde víamos as arvores polvilhadas de algodão, aparando a neve que caía. Obrigado de coração, Gabi!

Fizemos a entrega presepeira solene das passagens de Fábio e Anne, que estão indo de vez pro Québec em Maio, vão com Deus, meus amigos, e vão fazendo a cama!

Léo, que está aqui no Brasil de férias, também nos divertiu um bocado com as suas histórias destes 8 meses de recém-quebecois! Fabian, 21 anos na Alemanha, 9 anos no Brasil (e já tá querendo se mandar pro Canadá) também foi um dos novos do dia! Infelizmente o dia foi menor do que gostaríamos e acabamos por não conseguir conciliar a intensa programação com as costumeiras apresentações, o que nos deixou sem conhecer melhor todos os nossos novos colegas de grupo. Mas "...quando fevereiro chegar..." tem mais, gente!

Beijos e abraços a todos.

Fiquem com as fotos, o vídeo eu coloco logo mais!






terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Insegurança

Hoje, li o email de um amigo que levantou uma bola que todos nós ja levantamos: mudar de país é algo grande. Será que estou certo na minha decisão? Será que esta insegurança não seria um mal sinal? Sair de emprego, deixar família, carro e casa pra tentar um país que conhecemos tão pouco?

A minha resposta nasceu do casamento entre um conselho a um amigo e uma reflexão profunda com os meus sentimentos em relação a isso tudo. Acho que vale a pena compartilhar isso com vocês, então colarei aqui a minha mensagem a este amigo.

"Meu velho, as suas palavras são dignas de um ser sensato, e que, como qualquer outra criatura humana, é naturalmente desprovida de certeza. Aliás, o que é a certeza? De quem é? A única coisa que temos nos bolsos são opiniões. Por exemplo, podemos ter várias pessoas com "certezas" diferentes em relação a um mesmo objeto, e ao mesmo tempo estarem todas certas. Pense que este objeto pode ser um cubo, com cada lado pintado de uma cor, cada pessoa está de um lado e só consegue enxergar a sua cor. Um dirá: "o cubo é azul", o outro: "é vermelho", o outro: "amarelo", e no entanto, se todos perceberem que somos incapazes de enxergar tudo com todos os olhos, aprenderemos a aceitar o incerto e o inseguro, e chamaremos apenas de "diferente". E tudo é diferente sempre. Gosto de lembrar das palavras de Heráclito, que em 470a.C. já dizia: "a única coisa permanente no universo é a mudança."

Eu tinha um bom emprego, que larguei para ter tempo de estudar francês. Logo, não era um bom emprego, ora, de que adianta pagar bem e pagar em dia, se eu preciso abrir mão de viver pra ter isso. Cheguei ao ponto de gostar menos do que faço, do tanto que me desgastei. Hoje encontro graça em vídeos feitos quase que "de brincadeira", gravados e editados com as ferramentas e conhecimento que, dantes, eu usava para ganhar dinheiro.  Hoje, utilizo-os para ganhar sorrisos.

Não precisamos estar tão certos do que queremos. Esta exatidão, além de inalcançável aos nossos braços, exigiria um volume estratosférico de cálculos e planos. O que precisamos saber é o que não queremos. Hoje, eu não quero o Brasil, pode ser que isso mude, pode ser que o Brasil passe a ser algo dentro dos meus planos se eu descobrir que as outras saídas são menos ricas de alegria e paz. Mas hoje, a melhor saída, a mais segura, a mais conhecida, a mais próxima das minhas mãos é o Québec. E eu vou dedicar cada porção do meu coração a acreditar que se eu for de peito aberto, também de peito aberto eu serei recebido, pois os meus olhos enxergam na frequência em que os sintonizo.

Tenha força e acredite que quando mudamos, temos 100% de chance de melhorar, 50% por acertamos e outros 50% por aprendermos onde não devemos mais pisar.

Seus amigos estão aqui e não te faltará apoio.

Um grande abraço

Igor"

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Reveillon 2011!!

Pois bem, as ovelhas desgarradas resolveram se juntar e resolver o reveillon, e a história é a seguinte:

Vão dez, dois desistem, vêm mais dois, a outra vai sem o marido, depois não pode ir mais, sobe cinco, desce três, noves fora, ficaram 10: Eu, Marthinha, Celso, Nanda, Joyce, Grisi, Gabi, Armando e seus dois pequeninos Júlio e Pedro.

No carro fomos eu, Marthinha, Celso (o padawan da fotografia) e Nandinha.

Armando conseguiu um lugar fantástico, uma casa em Imbassaí, bastante escondida integrada à natureza. Mas depois que conseguimos encontrar o portãozinho de palha, pensa num lugar lindo, ouve direito as harpas dos anjos, imagina cajueiro que não acabava mais, macaquinhos pulando de um lado pro outro, meu Deus, a paz da cidade acabou porque foi toda pra aquele lugar.

Pronto, todo mundo em casa? Então bora pra rua! E fomos nós, rodar um pouco, atrás de algum lugar pra essa tropa almoçar. Imbassaí é um vilarejo que já teve cara de fim de mundo, agora tá bonitinho, cheio de restaurantes, barezinhos legais, pernilongo, morissoca, e muita gente bacana frequentando.

Pois bem, barriga cheia, já umas 5 da tarde, volta todo mundo pra casa pra se arrumar pra festa, ê coisa boa, parece até família do interior!

O endereço da nossa festa: um pedaço de terra de vida útil assaz curta, entre o rio e o mar. Mas a maré é nossa amiga e espaço não nos faltará, amém! Imagina aí, todo mundo cheiroso, atravessando o rio com água nas canelas, carregando luminária, barraca, isopor, sombreiros, comidas, e a chave de ligação entre o natural e a tecnologia: um motorzinho para prover de energia tooooodos os nossos aparelhos elétro-eletrônicos (1 luminária e um sonzinho de ligar no Ipod). E graças ao nosso espírito de exímios farofeiros aventureiros, estava lá, em poucos minutos, montada a CUECAS (Central Unica de Entretenimento dos Canadenses Aspirantes de Salvador)


Nosso luau (tá bom, não tinha lua) estrelau teve direito a open bar, praia particular, boite de celular, barulhinho do mar e risada pra se acabar. Afffee, lispector, coitada.

É isso aí, fotos e vídeo na sequência. Meu amigo padawan, Celso, tá tão retado na arte de gravar que quase não saiu nos vídeos!



Tá curioso? Então assiste!