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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Encontro do Grupo Salvador-Quebec Outubro 2010

Ontem, dia 24/10/2010, o nosso grupo de emails amigos se reuniu mais uma vez, e como toda família numerosa, acabamos precisando de mais espaço, o que nos levou ao barzinho Euvi, na Pituba.

Na verdade, este encontro foi motivado pelo alto número de pessoas do grupo que haviam recém feito a entrevista, e o melhor: 100% de aprovação no nossa irmandade, isso é que é energia boa!

Nada demais, só comer, beber, ver alguns amigos, fazer outros tantos, surrar outrem na sinuca, tirar um monte de fotos, sair em apenas uma, que Mathinha (minha namorada linda, de quem falarei mais logo) tirou para me salvar do backstage. Minto! 2 fotos! Eu também apareço na foto em que eu mesmo, o senhor da goiabagem um fotógrafo experiente, me pego no deslize de colocar o temporizador da câmera pra tirar 10 fotos na sequência. Graças à experiência do que vos fala, tivemos, de brinde: uma pérola do stop-motion, que retrata como foto alguma o faria, este momento sublime.

Pa-de-lá, pa-de-cá, rolou a velha rodinha de apresentações, onde pudemos saber um pouco mais de cada um, principalmente dos que acabam de chegar.

Tivemos a honra de rever, mesmo que via apetrechos note-tecno-mão-na-rodísticos-book, o nosso ilustre casal: Lucas e Natália, en direct do Maranhão. Sentimos a falta de vocês, irmãozinhos.

Então foi isso, espero revê-los em breve!

Eis o registro do nosso encontro...



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Relato-Ultra-Detalhado-Extreme-Jeb-Jeb-High-Quality


Minha entrevista estava marcada para as 10 horas no Hoton Palace Hotel, em Salvador.

Cheguei às 8:45. Subi ao 12o andar, virei à esquerda e, no final do corredor, entrei numa portinha de vidro, onde funciona um restaurante. Permaneci ali por alguns minutos até um funcionário me pedir para esperar no banquinho de madeira do corredor, pois a gerência do hotel não gostava que esperassem ali. Óbvio, obedeci.

Um casal de Recífilis, que estava marcado para 9 da manhã chegou mais cedo e estava fazendo a sua entrevista. Em poucos minutos eles saíram, e conversamos um pouco, até que Madame Isabelle chegou à portinha de vidro e me chamou (às 9:15), de forma sublime, de Igóórr Cuêliiuu Curráa (é meu nome, Igor Coelho Correia, em versão anestesia buco-maxilo-facial), levantei com um sorriso no rosto, pra não transparecer o ferry boat que eu carregava nos ombros.

Ao chegar na sala, ela se sentou, eu escolhi uma cadeira e me sentei, de frente pro janelão de vidro, arrumei as pastinhas com os documentos à minha frente, o Dossier mais à frente, perto dela, e o notebook ligado, fechadinho, do meu lado, com o portifolio dentro.

Ela começou me explicando todo o be-á-bá de por que eu estava ali, que ela avaliaria o meu conhecimento linguístico e checaria a minha documentação, logo após, me disse que o meu resultado seria dado ao final da entrevista, que durava, em média, 50 minutos.

Começamos a entrevista:

Ela me pediu o meu passaporte, eu entreguei.

De início, ela me perguntou se eu era formado em Comunicação, eu disse kiwi (não a fruta, por favor, compreenda. Piada direcionada aos conhecedores do arroz-com-feijão francêsístico). Confirmei, e completei: Comunicação e Propaganda.

Ela me perguntou se eu tinha alguma especialização. Eu perguntei se ela se referia a algum curso de especialização ou apenas se eu havia me especializado em alguma área. Ela falou que se referia a curso. Eu disse que não, mas que havia me especializado na área de animação 3D. Ela me perguntou o que eu faço exatamente. Eu expliquei com mais detalhes. Disse que inclusive havia trazido um portifolio e perguntei se poderia mostrar-lhe, que era um vídeo de apenas 2 minutos. Ela disse Kiwi e pronto. Mostrei, ela deu um sorrisinho no final, o que sugeriu um tom positivo.
Após isso, eu reforcei, dizendo que a melhor forma de explicar o meu trabalho, mesmo em português, é mostrando, pois é bastante visual e prático.
Ela perguntou onde eu trabalhava. Eu disse que atualmente era autônomo por opção, pois assim eu conseguia dedicar mais tempo ao meu projeto de vida, que tinha acabado de trabalhar na campanha política do governo do estado por 4 meses (mostrei comprovante), antes disso, trabalhava numa produtora por 4 anos (mostrei comprovante), não percebi da parte dela inclinação alguma para pedir comprovação, mas como tinha comigo, já fui entregando enquanto falava.
Ela perguntou se eu conhecia o mercado no quebec. Eu respondi que conhecia as empresas, além de algumas pessoas que trabalhavam com Animação 3D por lá, e expliquei algumas diferenças de lá e cá, a qualidade de vida, que aqui é completamente diferente, que a carga horária aqui é puxadíssima, que não há tempo suficiente pra outras coisas importantes da vida. Neste momento ela perguntou: "e quais são as coisas importantes da vida?", eu falei num tom quase-Carlos-Drumond-de-Andradístico: "Trabalhar é importante, e eu amo meu trabalho, mas de que adianta ter um ótimo emprego e não poder aproveitar a vida, aproveitar a família, os amigos? O dinheiro é pra ajudar a ter uma vida feliz, e isso perde o sentido quando deixamos a vida de lado pelo dinheiro". Pude ouvir aquele barulho de sininho nas 4 piscadelas sequenciais de olho dela. Foi quase aquele "ÓÓóóóóhhhhh!" que menina faz na 3a série quando vai na feirinha de filhotes do shopping Barra.

Em seguida ela fez a esperada pergunta: "Pourquoi vous avez choisi le Quebec"? Eu disse que tinha muitas respostas pra esta pergunta, e que resumiria em 3 razões.
1a razão - A Perspectiva de desenvolvimento profissional, por conta das empresas de 3D, que são numerosas, além das possibilidade de trabalhar em uma das grandes empresas de produção de filme e jogo. Fiz um link com a cidade, demonstrando que de início, Montreal seria a melhor opção, por conta do número de ofertas de emprego, e que isso me ajudaria a entrar no mercado de trabalho mais rapidamente. Aproveitei pra mostrar no meu dossier os meus planos A, B e C. Mostrei um mapa que fiz com uma série de empresas interessantes para trabalhar, além de órgãos importantes, como o MICC. Disse que isso me ajudou a escolher o meu bairro. Ela me perguntou qual era o bairro, e respondi: "Rosemont - La Petite Patrie".

Quando terminei esta parte, tinha me alongado tanto (pra quem me conhece, nem soa estranho, né?) que esqueci que estava ainda na primeira razão de escolher o Quebec, mas Madame Isabelle Augustin, com sua memória impecável, tratou de me lembrar com o casamento perfeito entre um sorriso e uma pergunta: "Mas não haveriam outras 2 razões?". A esta altura eu já estava mais tranquilo, então sorri empanacado e disse: "Bien Sur!" E continuei:

2a razão - A qualidade de vida, por conta dos serviços prestados pelo governo, relacionados à saúde, a segurança e sobretudo pelos valores da sociedade canadense, o respeito, a igualdade, coisa e tal.

3a razão - As condições para imigrar. Elogiei o fato de existir um ministério de imigração, que ajuda o cidadão a entrar no país e se integrar à sociedade da forma mais rápida e correta possível.

Logo depois, ela me perguntou se ela falava inglês, respondi KIÉS (2a chance pra quem não entendeu o KIWI. Óh! Clemente Igor!). Então ela me perguntou como foi a minha viagem aos estados Unidos (pois há um visto dos EUA no meu passaporte). Eu disse que acabei não indo, que tirei o visto por uma possibilidade que acabou não acontecendo. Então ela me perguntou se eu já tinha conhecido outros países. Eu disse que conhecia Alemanha, Portugal, Espanha, Holanda e Bélgica. Ela perguntou qual país eu gostei mais (só pra eu desenvolver mais o texto em inglês).

Eu tava adorando, por mim, ela ficava lá no inglês, mas por um momento ela parou pra digitar, e eu perguntei (ainda em inglês) se ela tinha arranjado tempo pra conhecer um pouco da cidade, e ela respondeu em Francês (foi a deixa pra dizer: "chega de inglês")

Ela perguntou então se eu conhecia alguém em Montreal, eu disse que tinha alguns amigos de lá, minha professora, algumas pessoas que eu conheci procurando por apartamento, e que eu fazia parte de um grupo de pessoas daqui que estavam fazendo o processo de imigração, e que alguns já haviam se mudado pra lá.

Ela virou pro computador de novo, começou a digitar, depois parou, depois girou o pescoço 45 graus para o lado direito, os olhos viraram mais 45, o que já era suficiente pra me fitar os olhos, e disse para mim: "Vous étes accepté"..... parou o mundo...........voltou o mundo.... Ela me deu uma série de panfletos com telefones e endereços de internet de serviços importantes. Me deu as duas cópias do CSQ, uma pra manter comigo e outra para enviar para o processo federal. Me explicou uma série de detalhes de coisas que deveria fazer, e pronto.

Levantei, feliz da vida, ela percebeu minha alegria e veio andando na minha direção, quase prevendo que eu ia dar um abraço nela. O fiz. E fui-me embora.

Engraçado, pois apesar de muito simpática, ela procura ser absolutamente neutra. Durante toda a entrevista, sempre que eu começava a falar, mesmo que apenas pra tampar os buracos de silêncio enquanto ela digitava, eu percebi que ela parava e direcionava 100% da atenção para mim. E o seu semblante era o tempo inteiro com simpatia de permeio.

E aos que pensam que eu tenho uma memória do cão, na verdade, logo após a entrevista, eu fui contar a uma professora e aproveitei pra gravar no celular.

Pois é gente, espero o relato ajude.

Boa sorte aos que vierem!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Agora sim.

O blog nasceu de 6 meses, parto normal, sem obstetra, em meio a uma tormenta de trabalho/estudos/francês e acabei não conseguindo levar à frente. Correria passou, trabalho aliviou, começo então a atualizar o passo-a-passo do meu processo.